terça-feira, agosto 24, 2010

Já Camões dizia...

"Há quem traga dentro de si o ritmo da terra a tremer. Mesmo que não tenha consciência disso o tremor repercute em todo o ser e manifesta-se das formas mais inesperadas. (...) Mas também sentiu a terra a tremer, algumas vezes, perante um olhar de mulher, o seu cheiro, o seu corpo. Então não foi só um tremor inconcreto, mas energias ocultas da terra, os seus deuses, as suas bruxas e as suas tempestades a bater com toda a força em todo o seu ser. Vem não se sabe como e doí sem se saber porquê, disse Camões. E ficou dito."

in O Miúdo que pregava pregos numa tábua de Manuel Alegre

sábado, agosto 14, 2010

O Feijãozinho escreve pela 1ª vez no Blog da tia!! :)))))

gggmmmnnhljlojkijjnhm gtrwegrfg r ytffvfffvfvfv ç.ççvvfvfffffffffffffffffffffffffffhbreetrtyoilçiiiiirxvvvvvggb nm,u slçkdx.jljldzrt lkffdxldxç dfxzx zdjzmkkz


Rodrigo, o Feijãozinho.





(No procedimento deste texto brilhantemente escrito pelo meu sobrinho, que hoje decidimos que podieria vir a ser um grande escritor ( ontem era inspector da parte da manha e electricista da parte da tarde), pricipalmente na parte onde se lê "fffffffffffffffffffffffffff", a tecla correspondente nunca mais vai ser a mesma!)

sábado, julho 31, 2010

Andam por aí muitos corações destroçados, arrastam-se pelas ruas, fingem, enganam-se a eles próprios quando dizem estar tudo bem... Era tão bom se fosse possivel restaurar...começar de novo. Mas a experiencia adquirida que vem a mal, qual amargo fel, sempre vem para bem. Para a próxima não haverão 100 cacos mas apenas 99,5.
O importante é olhar com olhos de ver. Porque há sempre alguem com um tubo de cola, vulgo amor, em prontidão para colar, ligar, unir - amar.

E o que é doce, será sempre doce e espera-se que nunca amargue!

segunda-feira, julho 12, 2010

S.O.J.A. - Open My Eyes

São passos pequeninos

Olhar para o que se segue e compreender acima de tudo.

Aguardem-me que estou a chegar.

quinta-feira, julho 01, 2010

O palhaço de Mário Crespo

"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco.E diz que não fez nada.


O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.


O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso.


O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços.


O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes.


Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si.


O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo.


Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso.


É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha.


O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos.


O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas.


O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.


Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
 
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal.


Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer.


Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria.


E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer.


Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.


E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha.


O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político.


Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.


Ou nós, ou o palhaço. "


Eu não votei no palhaço. E você, votou pelo P(alhaço)S???

sexta-feira, junho 25, 2010

In the Mood for...

Down Hearted Blues
Bessie Smith, 1923


quarta-feira, junho 02, 2010

Sabes o que eu quero?
Eu quero paz no meu mundinho. Quero que se apaguem os fogos, e que desaparecam as colunas de fumo.
Que se juntem circulos de pessoas a minha volta. Sorrisos que nao o meu, gargalhadas que façam a minha, felicidade que nao há em mim em tantas ocasioes. Ser amada como amo, amar mais do que me amam.
Sabes...queria tanto chorar, de alegria pura, de tristeza pura. Porque me tornei introspectiva de mais. Porque me exilei e não consigo sair sozinha.
Alguem sabe o que eu quero? É que eu não sei.